Mesmo após pendurar as chuteiras, Formiga, uma das maiores referências do futebol feminino brasileiro, continua atuando nos bastidores do esporte. Aos 44 anos, ela é secretária adjunta de Esportes em Cotia, São Paulo, mas não descarta um retorno à seleção brasileira feminina comandada por Arthur Elias.
Em entrevista, a ex-jogadora ressaltou sua vontade de colaborar com o futebol feminino, apontando a importância de um papel ativo no crescimento da modalidade. “Se um convite surgisse, eu pensaria com carinho. Quero ver o futebol feminino prosperar e conquistar igualdade e respeito”, afirmou a ícone que vestiu a camisa da Seleção em 368 partidas e conquistou diversos títulos.
O Futuro do Futebol Feminino e a Evolução nas Competições
Formiga destacou o favoritismo da Seleção Brasileira na Copa América Feminina, mas também reconheceu a evolução de outras seleções, como a Colômbia. “Embora sejamos favoritas, é inegável que o futebol feminino na América do Sul está crescendo e as equipes estão se fortalecendo”, declarou.
Além disso, ela enfatizou a importância de melhorar as condições para as novas gerações de jogadoras, defendendo que cada vez mais o futebol feminino deve receber o devido reconhecimento e investimento. “É um compromisso meu trabalhar pelo futuro do futebol feminino”, finalizou Formiga.
Esse compromisso com o futebol feminino é essencial em um momento onde as discussões sobre igualdade salarial e reconhecimento estão em alta. A participação de ícones como Formiga pode incentivar a inclusão de mais mulheres no esporte, promovendo uma transformação cultural necessária para o crescimento da modalidade.
Além de seu trabalho como secretária adjunta, Formiga busca realizar ações que visem a evolução do futebol feminino em sua cidade e além. Ela acredita que investimentos em infraestrutura e formação de jogadoras são passos fundamentais. “Precisamos garantir que futuras gerações tenham melhores condições e oportunidades para se desenvolver”, disse.
Como parte de uma geração que passou por muitas mudanças, Formiga observa que a visibilidade do futebol feminino tem aumentado, mas que isso deve ser acompanhado por políticas de apoio e fomento ao esporte. Ela cita exemplos de ligas bem estruturadas e apoio governamental em outros países que colaboraram para a ascensão do futebol feminino.
A Copa América Feminina é uma competição crucial que traz à tona a capacidade das jogadoras sul-americanas e o potencial de crescimento do esporte. “É uma vitrine não apenas para talentos, mas também para que possamos dialogar sobre melhorias e igualdade dentro do esporte”, afirmou.
No contexto da seleção brasileira feminina, a experiência de Formiga pode ser um fator decisivo na busca por títulos que consolidem a presença do Brasil no cenário internacional. “Se tiver a chance de contribuir, com certeza, estarei à disposição”, finalizou.
A história de Formiga é um exemplo de dedicação e amor pelo que faz, inspirando novas gerações e mostrando que a luta por igualdade no esporte é uma batalha contínua. Com seu envolvimento nos bastidores, ela prova que mesmo após a aposentadoria, sua influência no futebol feminino continuará a gerar impactos positivos.
Portanto, a luta pela igualdade e reconhecimento no futebol feminino não deve ser vista apenas como uma necessidade atual, mas como um legado que cada uma das atletas deve deixar para as próximas gerações. “A mudança começa com pequenas ações e grandes sonhos”, concluiu.
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